No outro dia de manhã aproveito que Marcos estava cansado e me levanto da cama, para ligar para o Sérgio. Ele e o único que me conta as coisas nesta casa. O telefone toca duas vezes antes dele atender.
— Alô?
— Sérgio, sou eu, Clara.
— Clara!? O que foi?
— O que aconteceu ontem além do assassinato?
— Ele não te contou?
— Não, o que?
— Não sei se posso te falar então, Marcos pode não gostar.
— Ah Sérgio, você é o único que me conta tudo. Pensei que fosse meu amigo.
— É sou, só não posso te contar.
— Ah vai, conta, ninguém vai ficar sabendo. — Ele parece pensar.
— Eu não posso te dizer, mas se você ver os e-mails de Marcos talvez você descubra o que quer saber.
— Como faço isso? E como vou saber em qual e-mail achar?
— Marcos sempre deixa o e-mail dele aberto aí no computador, é simples e só procurar pelo último e-mail que eu mandei.
— Aí te adoro. Muito abrigada! Tchau.
— Tchau. — Desliga.
Volto para o quarto para conferir se Marcos ainda estava dormindo. O encontro aga