O coração bateu acelerado. Como ser corajosa agora?
— Deve estar confundindo — rebateu Olivia rápido demais, puxando o vestido para frente, como se quisesse esconder a pele. — Muita gente tem tatuagem, Ian.
Mas a forma como ele continuava olhando, como se estivesse tentando puxar uma lembrança esquecida do fundo da mente, a deixou sem ar.
— Não… — ele insistiu, estreitando os olhos. — Eu sei que já vi. E não faz tanto tempo assim.
O coração de Olívia martelava tão alto que tinha certeza que ele podia ouvir. A garganta secou, os dedos tremiam.
Ela se virou de repente, o vestido semiaberto, os olhos marejados de raiva e medo.
— Para de olhar como se soubesse alguma coisa! — disparou, com a voz cortante. — Porque você não sabe!
Ian ficou em silêncio, mas o olhar dele queimava nela, como se a cada segundo chegasse mais perto de lembrar.
E Olívia sabia: se ele lembrasse daquela noite… nada seria igual.
O quarto seguia mergulhado numa penumbra macia, quebrada apenas pelo abajur na mesa de c