Olívia prendeu a respiração, sentindo cada músculo do corpo contrair.
O grito de Ian foi como um trovão rachando o teto de mármore.
— MAS QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!
E depois, o silêncio caindo pesado. O eco bateu nas paredes brancas e o silêncio que se seguiu foi cortante. Mas o silêncio seguido aquele grito não durou mais que um sopro.
Ian entrou como uma tempestade. Estava parado no batente, a figura dele dominando o espaço. O olhar era gelo puro, mas havia um fogo perigoso logo abaixo da superfície.
Seus olhos queimavam de fúria, a mandíbula travada, os punhos cerrados. O peso dele sozinho já parecia esmagar o ar do banheiro.
Ele não perguntou. Não precisou. Os olhos dele varreram as duas, o corpo de Olívia ainda tenso, o de Carol vibrando em fúria.
Carol, em vez de recuar, sorriu. Um sorriso lento, quase triunfante. Mas em seguida, soltou o cabelo de Olivia devagar, quase teatral, mas sem recuar, como se saboreasse a demora. Os dedos deslizaram como se quisessem marcar cada