O hospital parecia ter se tornado o quartel-general de todos os dramas. Quando o carro blindado parou na entrada reservada, a sensação foi de desembarcar em uma zona de guerra silenciosa. Matheus saiu primeiro, seus olhos varrendo o perímetro antes de abrir a porta de trás.
Clara desceu com dificuldade, suas mãos ainda algemadas na frente, o rosto pálido e sujo de lágrimas secas. Ela olhou para o prédio imponente com o medo de um animal sendo levado ao abatedouro. Carla saiu logo atrás, seu rosto um misto de cansaço e tensão resolvida. Ela pegou a pequena bolsa da grávida, um gesto quase mecânico.
Olívia os esperava na porta, seus braços cruzados. O alívio de ver Carla e Matheus sãos e salvos foi imediatamente ofuscado pela visão de Clara. A mulher que ajudara Alexander a ameaçar seu filho. A raiva, fria e afiada, subiu em sua garganta.
— Traga-a para dentro — Olívia ordenou, sua voz sem emoção. — Já avisei o setor de emergência. Ela precisa ser examinada, pelo bem da criança.
Clara t