O toque do celular vibrando sobre a fria mesa de vidro foi como um choque no ar carregado da sala de conferências. Olívia viu o nome: Carla.
— Com licença — ela disse aos sócios, com uma calma que não sentia, e atendeu. — Carla? Tudo bem?"
A voz de Carla chegou do outro lado da chamada, clara mas carregada de uma tensão resolvida.
— Olívia, estamos voltando. E não estamos sozinhos. O Matheus conseguiu localizar e… conter a Clara. Ela está conosco.
Um turbilhão de emoções passou por Olívia. Alívio, porque uma ameaça potencial estava sob controle. Desgosto, ao lembrar-se da mulher que fora cúmplice de Alexander. E uma pontada aguda de preocupação pela criança que ela carregava — uma criança que, querendo ou não, era parte daquela teia sanguínea maldita.
— Certo — Olívia respondeu, mantendo a voz neutra e profissional. — Tragam-na em segurança. E… cuidem dela, Carla. Ela está grávida.
— Estamos cuidando — a voz de Carla soou estranhamente suave por um instante. — Até logo.
Olívia desligo