O estampido do tiro de Alberta ecoou como o rompimento do próprio mundo. O som, agudo e final no espaço de concreto, foi seguido por um microssegundo de silêncio puro — o vácuo antes da tempestade.
Então, o caos engoliu tudo.
O segurança que levou o tiro para proteger Ian caiu de joelhos, o impacto mesmo com o colete tirando o fôlego dele. O segundo tiro de Alberta, disparado às cegas pela trepidação da arma em suas mãos idosas, ricocheteou no chão perto de Olívia, fazendo estilhaços de concreto voarem.
— PARA O CHÃO! AGORA! — o rugido de Matheus cortou o pandemônio. Ele não esperou. Avançou em um movimento fluido, derrubando Helena com um golpe baixo e preciso nas pernas, neutralizando-a antes que ela pudesse tomar uma decisão. Dois de seus homens seguiram, imobilizando-a contra o chão frio.
Mas a cena já estava fragmentada.
Alexander, com os olhos faiscando de oportunismo selvagem, aproveitou o desvio de atenção. Ele agarrou Clara, que gritou, pelo braço e a puxou para trás, sumindo