Por um segundo inteiro que pareceu uma eternidade, Ian ficou imóvel do lado de fora, transformado em estátua.
Não respirou.
Não pensou.
Não processou a sequência brutal de eventos:o corpo dela cedendo ao seu, o quase-beijo que prometia redenção, e depois... o recuo. A fuga. Como se ele fosse não um homem, mas um espectro que queimava sua pele.
Apenas ficou ali, olhando para a porta branca e lisa, ainda sentindo na própria pele o fantasma do calor dela, a proximidade que havia sido tão real, tão quase... e a forma abrupta e violenta como ela se arrancou dele, como se estivesse fugindo de um monstro, não em seus braços, mas dentro de seu próprio ser.
Então, veio o som.
Convulsões guturais. Engasgos roucos e agonizantes. O som úmido, inconfundível e visceral de alguém sendo fisicamente dominado pelo próprio corpo, vomitando não apenas conteúdo estomacal, mas angústia pura.
O chão de mármore pareceu ceder sob os pés de Ian. Uma vertigem cruel o atingiu.
— Olívia? — ele chamou, e sua voz s