A luz da manhã filtrava-se pelas cortinas do quarto, tingindo tudo de um dourado suave e frágil. O mundo lá fora parecia suspenso, como se o caos da véspera tivesse decidido conceder-lhes algumas horas de trégua.
Olívia abriu os olhos lentamente. Por um momento, esqueceu de respirar.
Ian estava ao seu lado, adormecido.
O lençol cobria metade do seu corpo, deixando à mostra o peito nu, o cabelo ainda ligeiramente úmido da noite anterior e o traço sereno, quase vulnerável, que raramente permitia que o mundo visse.
Ela o observou em silêncio, o peito subindo e descendo em um ritmo tranquilo, os lábios entreabertos, o braço estendido sobre o travesseiro, como se ainda a procurasse mesmo dormindo.
Um sorriso involuntário curvou os lábios de Olívia.
Ela se virou de lado, apoiando o queixo sobre o travesseiro, e sussurrou, apenas para si:
— Eu não devia ter me apaixonado por você...
Ian murmurou algo ininteligível, os cílios tremendo, e então abriu os olhos. O olhar dele a encontrou, e um p