O mundo parou. O som monótono do monitor cardíaco, o zumbido distante do hospital, até mesmo a própria respiração de Olívia; tudo cessou quando as palavras de Ian ecoaram no quarto silencioso.
"Eu te amo."
Três sílabas que ela tanto desejara ouvir, e que agora soavam como uma sentença final. Havia uma beleza cruel na forma como ele as proferira, não como uma declaração romântica, mas como uma confissão de derrota.
— Eu te amo de uma maneira que não entendo, que não posso controlar, que me assombra todas as noites — ele continuou, sua voz quebrada carregando o peso de uma batalha interna que ela apenas agora compreendia em sua totalidade. — E é exatamente por isso que estou te deixando ir. Porque tudo que essa família toca apodrece. E eu preferiria morrer do que ver você destruída pelo veneno que corre em nossas veias.
As lágrimas que Olívia vinha contendo finalmente transbordaram, rolando silenciosamente por sua face enquanto estudava o homem diante dela. O mesmo homem que a arrastara