O que aconteceu naquele maldito jardim ainda parecia ecoar através da mente de Olivia, as palavras de Ian a deixava bêbada de ódio, por isso, ela subiu os degraus às pressas, como se fugisse de um inimigo invisível. O peito dela ardia, o coração batia descompassado, e cada passo no corredor soava como um grito silencioso.
Assim que entrou no quarto, fechou a porta devagar para não assustar Léo. O menino estava sentado na cama, com um carrinho em mãos, rindo baixinho do barulho que ele mesmo estava fazendo com seus próprios lábios. A cena simples e tranquila contrastava com a tempestade que ela carregava dentro.
Olívia caminhou até o banheiro, trancou a porta e, finalmente, deixou as lágrimas escorrerem. Segurou a borda da pia, respirando com dificuldade para não soluçar alto. Mas a casa parecia viva, e nada ali passava despercebido.
Foi Helena quem bateu à porta depois de alguns minutos.
— Olívia? — a voz doce, quase maternal. — Está tudo bem aí dentro?
Olívia enxugou o rosto, mas a v