Cap 13. Você será a exceção
Guadalupe.
De repente, o silêncio toma conta do ambiente. Meus olhos se erguem devagar... e lá está ele. Me observando. Mas não era qualquer olhar — havia algo diferente, como se ele estivesse me decifrando. Me invadindo.
Guadalupe: Não me olhe assim... — murmurei, quase sem voz, porque era como se eu estivesse presa naquele olhar. Então, ele se afastou rápido, desviando o olhar.
Miguel: Disse algo?
Droga. Por que me preocupo tanto com o que ele pensa? Por que me sinto como se tivesse feito algo errado?
Miguel: Você... não disse nada de errado. — Ele me encara de novo, com intensidade. — Você é uma mulher perigosa.
Franzi o cenho, sem entender.
Guadalupe: Perigosa? Em que sentido você diz isso?
Miguel: No pior dos casos. — Seu tom era sério, provocador, e isso me fez duvidar do que estava ouvindo.
Guadalupe: Está me ofendendo? — perguntei, com a irritação subindo.
Miguel: E se eu estiver?
E então ele se aproximou. Um único passo e estávamos cara a cara outra vez. O calor entre nós era