9 - Desvencilhei o olhar

Saulo Prado

A noite avançava e a escuridão tomava conta das ruas enquanto eu chegava ao hotel, em busca de um lugar para descansar. A recepção estava tranquila, com a jovem recepcionista loira me observando atentamente. O som do meu celular vibrando me interrompeu, ao olhar para a tela, vi o nome do meu pai. Ele já havia me ligado três vezes, mas eu não estava com disposição para conversar de verdade. Respirei fundo e atendi.

Ao pensar que ele ainda esperava uma resposta.

— Oi, Fernando. — Falei, tentando soar mais animado do que realmente estava.

— Oi, filhão! Onde você está? — Sua voz tinha aquele tom animado, como se estivesse esperando boas notícias de mim.

— Num hotel, próximo à empresa, por quê? — Respondi, já sabendo que ele não queria saber muito sobre o meu destino ou o motivo de eu estar ali. Não havia convite para ir até a sua casa, e ele bem sabia que eu não teria o que fazer lá. Além disso, a esposa dele jamais me aceitaria como visita.

— Estou aqui em frente à Prado, o q
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