Margarida
Ronaldo travou.
Ele me olhava, mas parecia longe, com os olhos arregalados, como se o mundo tivesse parado por um segundo. Meu coração apertou. Será que ele não estava feliz? Será que…?
Comecei a me afastar, cautelosa.
— Onde pensa que vai? — ele disse, a voz baixa, mas firme.
Num único movimento, me puxou de volta para seus braços. Me ergueu com delicadeza, como se eu fosse algo precioso, e me levou até a cama.
— Está grávida? — sussurrou, como se ainda estivesse processando.
Assenti.
— De um filho meu?
Assenti outra vez, com um leve sorriso, mesmo sentindo meu coração pulsar forte.
— Seremos pais de novo? — havia um brilho nos olhos dele.
Continuei acenando, agora com lágrimas nos olhos. Mas eram lágrimas boas.
— Eu disse, Margarida… você vai acabar com minha sanidade — ele sorriu.
Me colocou na cama com um cuidado que me desarmou por completo. Seus olhos fixos nos meus, suas mãos segurando as minhas. E então, me beijou. Um beijo profundo, urgen