Margarida
Na manhã seguinte, acordei com uma estranha energia, determinada a fazer algo diferente. O calor dos braços de Ronaldo me envolvia com tanta ternura que, por um instante, desejei não precisar sair dali. Seu peito subia e descia num ritmo calmo, embalando meus pensamentos como uma canção suave.
— Querido, acorde — sussurrei, encostando os lábios próximos ao seu ouvido.
Ele se mexeu levemente, ainda preso ao torpor do sono, mas não abriu os olhos.
— Ronaldo, querido... — murmurei mais uma vez, acariciando o seu peito com a ponta dos dedos.
Dessa vez, ele abriu os olhos devagar, e um sorriso despontou em seus lábios, aquele sorriso que sempre me desmontava.
— Bom dia, minha doce Margarida — disse com a voz rouca, ainda embargada pelo sono.
— Desculpe te acordar, mas eu estou ansiosa — suspirei, tentando conter a empolgação que fervia dentro de mim. — Pensei em levar café da manhã para a Emma na cama. Assim a gente conta para ela.
Ele piscou, ainda assimilando mi