Ronaldo
Margarida teve alta logo cedo.
Emma se jogou nos braços dela assim que cruzamos a porta.
— Mamãe! — o grito choroso ecoou pela sala.
Ela se agarrou ao pescoço da Margarida com tanta força, os bracinhos finos tremendo, que meu coração se apertou.
— Filha… tá tudo bem agora, a mamãe tá aqui… — Margarida sussurrava, acariciando os cabelos da menina.
— Eu fiquei com medo! Achei que você não ia voltar! — soluçava, as palavras quase engasgando no choro.
Margarida fechou os olhos, segurando as lágrimas. Ela a acolheu no colo, sentando no sofá com Emma no colo como se a menina ainda fosse um bebê. Ficaram ali um bom tempo, só se abraçando, até que Emma adormeceu, exausta emocionalmente.
Mais tarde, levei a pequena para o quarto dela e ajudei Margarida a se deitar. Seus olhos estavam pesados de cansaço, e embora tentasse me tranquilizar com um sorriso, dava pra ver que o peso emocional da noite ainda a esmagava por dentro.
— Descansa, tá? Eu cuido de tudo. — prometi