Augusto
Estava sentado na varanda da nossa casa, com uma taça de vinho na mão, esperando a notícia chegar. A noite estava tranquila, silenciosa, como se o universo finalmente tivesse entendido que era hora de me dar o que eu queria. Alexandre morto. Finalmente fora do meu caminho.
Luiza apareceu na porta com o celular na mão, o rosto iluminado pela luz da tela. Sorriu.
— Já começaram a noticiar, amor. Acidente na Avenida Atlântica. O carro dele ficou destruído.
Dei um longo gole no vinho, sentindo o gosto da vitória. O plano tinha sido perfeito. Simples, direto, e sem rastros. Um acidente de carro. Quem desconfiaria?
— Finalmente, Luiza. A empresa vai estar nas nossas mãos em menos de uma semana.
Ela se aproximou, sentando-se ao meu lado.
— Você foi genial. Cortar os freios... é simples, mas eficaz. E ninguém vai suspeitar.
Assenti, satisfeito.
O celular vibrou. Era um dos meus homens. Atendi com a calma de quem já sabia a resposta.
— Diga.
— Chefe... temos um problema.
Meu coração de