Alexandre
Ainda estava sentado ao lado da cama de Lara, segurando sua mão com força, tentando disfarçar o tremor que insistia em subir pelos meus dedos, quando meu celular tocou. Olhei para a tela e vi um número desconhecido. Atendi imediatamente, esperando qualquer notícia do motorista.
— Senhor Alexandre Costa? — disse uma voz masculina, firme e profissional.
— Sim, sou eu. Quem fala?
— Aqui é o delegado Barreto, da 3ª DP do Rio de Janeiro. Precisamos que o senhor compareça com urgência à delegacia. Trata-se de um assunto relacionado ao acidente envolvendo seu carro.
Senti o coração acelerar ainda mais.
— O motorista está bem? O que aconteceu?
— O senhor será informado de tudo pessoalmente. Mas posso adiantar que há indícios de que o acidente não foi exatamente... um acidente. Precisamos conversar com o senhor com urgência.
Meus olhos encontraram os de Lara. Ela estava mais calma, mas ainda assustada. Respirei fundo.
— Tudo bem. Estou indo agora.
Desliguei e, em seguida, liguei para