Equipe B: A Entrada Silenciosa
 A noite estava espessa como tinta derramada.
 O delta argentino respirava em silêncios úmidos e murmúrios de correnteza.
 Felipe segurava o binóculo térmico contra os olhos, observando cada ponto de calor na margem contrária. Ao seu lado, Horácio ajustava a lanterna de infravermelho.
 Arturo, calado, terminava de verificar o silenciador de sua arma curta.
 Eles estavam sobre uma embarcação de alumínio, encoberta por ramos e lama  invisível a qualquer olhar comum.
 — Três vigias. Um no galpão, dois na torre do cais. Murmurou Felipe.
 — Rotação de quinze minutos.
 — Temos oito. Disse Horácio.
 — Depois disso, o risco aumenta.
 Arturo assentiu. Era hora.
 Deslizaram com o barco como se fossem parte do rio. A corrente ajudava, e cada metro era um teste de paciência e controle.
 As palafitas do entreposto se erguiam como esqueletos molhados.
 As docas improvisadas estavam cercadas de contêineres empilhados, onde os Cordobeses escondiam armas, drogas