Narrado por Isabella Marino
A casa estava silenciosa naquela manhã. O sol atravessava as janelas amplas da nossa nova morada, criando desenhos dourados nos tapetes do corredor. O cheirinho de café vindo da cozinha se misturava com a brisa fria que vinha dos Alpes. Era estranho pensar que, depois de tanto caos, de tiros, gritos e fuga, a gente finalmente tinha um lugar seguro. Um lugar de paz. Mesmo que fosse temporário.
Luna ainda dormia em seu bercinho no nosso quarto, embalada pelo cansaço dos últimos dias e pela tranquilidade rara que reinava ali. Eu a observei por alguns minutos antes de sair do quarto, ouvindo sua respiração suave, o peitinho subindo e descendo devagar.
Francesca estava em um dos quartos de hóspedes, sentada na poltrona de frente para a janela, vestida com um robe claro que eu deixei sobre a cama. Ela parecia mais tranquila, embora o cansaço físico ainda fosse evidente. Tinha dormido por algumas horas, mas os traços no rosto dela