Narrado por Ares Marino
Eles chegaram às dez da manhã.
Dois soldados armados. Um mensageiro com expressão ensaiada de coragem.
Pararam no portão principal como se tivessem alguma chance de sair dali vivos.
Domenico me avisou com um olhar.
Apenas assenti.
— Deixem entrar.
Vieram escoltados até o salão inferior. Piso de mármore preto. Lustre italiano. Um ambiente feito pra impressionar e intimidar. E hoje, pra sangrar.
Estavam todos uniformizados. Um deles tinha cicatriz no rosto. O outro mal piscava. O mensageiro parecia o mais nervoso. Devia ser novo. Ainda não sabia o tipo de homem que eu era.
Me mantive de pé, em frente à lareira apagada.
— Ares Marino. — o mensageiro começou. — Em nome de Viktor Barinov, estou aqui pa