Narrado por Léa
O carro avançava por uma estrada ladeada de ciprestes, reta e interminável. Cada árvore parecia um guardião silencioso, apontando o caminho até o lugar que se erguia no horizonte. Eu prendi a respiração quando a vi pela primeira vez.
A mansão.
Um casarão antigo, imenso, de pedra clara, cercado por jardins que pareciam se estender até onde a vista alcançava. As janelas altas refletiam a luz da manhã, e os portões de ferro se abriram com lentidão, como se até o ferro se curvasse à presença de Zeus Marino.
Meus olhos percorreram tudo com incredulidade. Nunca tinha visto algo assim de perto. Não era apenas uma casa. Era um reino. Um território marcado de poder. E agora, de repente, eu estava dentro dele.
Luc se remexeu no meu colo, resmungando baixinho, como se também sentisse que estava prestes a cruzar uma fronteira que mudaria nossas vidas.
O carro estacionou diante da entrada principal. Dois empregados vieram abrir as portas. Desci devagar, os olhos varrendo cada detal