Annabelle Jones
Pego o meu celular e ligo para os meus avós, avisando que estou voltando para Nova Iorque. É como se eles entendessem o que estou passando — apenas me desejam sorte e dizem que em breve virão nos visitar. Desligo o celular e aperto minhas mãos para conter a dor que estou sentindo. É como se alguém tivesse arrancado meu coração do peito, o esmagado no chão e pisoteado até virar pó. Lágrimas escorrem pelo meu rosto, mas eu as esfrego com força para que parem de cair. Tenho vontade de gritar bem alto, na esperança de que a dor desapareça, mas parece que quanto mais me afasto daquele lugar, mais ela se torna insuportável.
Deixamos o carro no estacionamento do aeroporto para que meus avós possam buscá-lo depois e seguimos para o embarque. O lugar estava quase deserto — havia poucas pessoas naquele horário da noite. Era bem tarde, e conseguir uma passagem de última hora foi um milagre. Talvez, como Hanna diz, a Deusa da Lua esteja nos ajudando. A dor é tão forte que mal consi