O tempo, com sua marcha silenciosa e implacável, levava dias e meses como quem arranca páginas de um livro sem fim. A vida no mundo sobrenatural, embora mais estável desde a queda de Magnus, ainda respirava incerteza. Cada amanhecer era um desafio, cada noite, uma promessa não cumprida. Ainda assim, Annabelle e Andreas continuavam firmes, equilibrando suas responsabilidades como Rei e Rainha do sobrenatural com o fardo pessoal que jamais abandonavam: a busca incessante por Selene, a filha desaparecida.
Enquanto isso, Apolo e Arthur, agora com a maturidade esculpida pelo treino de Andreas e pelas cicatrizes do passado, decidiram que era hora de retornar à sua alcateia de origem. Ao lado da irmã Amanda, cuja presença tornara-se símbolo de sobrevivência e resiliência, eles se despediram do refúgio para reconstruir aquilo que o pai havia destruído.
Foi uma partida marcada por lágrimas e orgulho. Annabelle, segurando Amanda pela última vez, abraçou-a com a ternura de uma mãe. “Você não pre