O sol começava a se pôr no horizonte quando os portões do Refúgio dos Híbridos foram abertos para receber aqueles que todos aguardavam ansiosamente. O cheiro de ervas queimadas misturava-se ao aroma de carne assada que vinha das fogueiras já acesas no pátio principal. Era noite de celebração, e o Refúgio estava em festa. Bandeiras e símbolos das diversas linhagens tremulavam ao vento, lembrando que aquele não era apenas um lar, mas o coração pulsante do mundo sobrenatural que resistira à guerra.
No alto de uma das varandas, Annabelle observava tudo, com os olhos marejados de emoção. Ao seu lado, Andreas mantinha a expressão firme, mas a mão dele segurava a dela com força, como se fosse a âncora que mantinha sua companheira estável diante da onda de lembranças que os envolvia.
— Eles estão chegando — anunciou um dos guardas, a voz grave ecoando pelas pedras do salão.
Um silêncio reverente se espalhou por todos. Mesmo os jovens lobos e híbridos que corriam pelo pátio pararam para olhar