Mundo de ficçãoIniciar sessãoO reino de Edorea, outrora próspero, mergulhou em trevas após ser tomado por um tirano cruel. Povos sofrem, rios secaram, e a esperança parece ter desaparecido. É nesse cenário que Amélia, uma jovem do mundo moderno desperta misteriosamente em terras desconhecidas. Perdida entre intrigas, batalhas e segredos, ela descobre que sua chegada não foi por acaso. Entre um comandante implacável e um camponês que sonha em ver a paz renascer, Amélia se vê dividida entre o amor e o dever. Mas o maior mistério ainda a cerca: por que foi escolhida para Edorea? Um romance medieval repleto de magia, ação e paixões proibidas. Edorea guarda segredos que podem mudar tudo… inclusive o destino de Amélia.
Ler maisPOV Amélia
Droga... Estou atrasada para o trabalho. Pisei mais fundo no acelerador e olhei firmemente para a estrada... Se eu chegar atrasada, o meu chefe vai me matar. Trabalho em uma editora e eu preciso urgentemente revisar alguns livros pendentes. Meus dedos pressionaram com força no volante e mudei a marcha rapidamente. Ao virar a direita, escutei meu celular tocando no meu colo. Quem pode ser? E justo agora? — Isso vai me atrasar ainda mais. Conectei meu celular ao carro e olhei para o visor... Alguém desconhecido estava ligando. Cliquei no botão e atendi a chamada. — Alô... É a Senhorita Amélia? — era uma voz de mulher. — Sim, sou eu... Com quem eu falo? Perguntei, vidrada na estrada... Não posso me atrasar mais. — Aqui é o hospital Santa Cruz... A sua mãe sofreu um acidente... Eu não consegui ouvir mais nada. Quando ouvi o nome da minha mãe... Meu mundo parou ... Minha mãe sofreu um acidente? O que?? Meu coração se apertou. Eu comecei a falar, toda atrapalhada... — O que? Como assim? Como ela está? Por favor, me diga. Falei desesperada. Meu coração estava acelerado... Mas, em instantes... uma luz ofuscante apareceu em minha frente, me deixando sem visão, por alguns segundos. — Mas o que é isso? — me assustei, rapidamente tentei desviar... Mas… não deu tempo. Só vi a escuridão na minha frente. ******* — O que aconteceu? — Perguntei a mim mesma com a voz trêmula enquanto coloquei a mão sobre minha cabeça. Reparei que em minha mão... sangue. Eu bati a cabeça? Mas, onde? Como isso aconteceu? — Eu estava no carro… — exclamei em voz alta, olhei para os lados procurando algo que me fizesse lembrar. Porém, não há nada, nem carro, nem estrada. Mas, que merda é essa? Olhei no meu relógio de pulso e já são 17:00 hrs, logo irá escurecer. — Preciso ligar para a polícia… ou uma ambulância — Falei comigo mesma enquanto tentei me levantar, mas me desequilibrei, quase caí... Estou tonta... Balancei a cabeça e me forcei a levantar e caminhei até as árvores. Ao meu redor, vi um bosque, estava bem seco, as árvores estavam morrendo... Tinha uma trilha logo em frente, não sei dizer se é usada com frequência, tudo parece tão estranho... " Que lugar é esse?" Pensei. Bom, é melhor eu procurar ajuda, não é? Se eu achasse pelo menos meu celular. Pensei, olhando em volta, mas não havia nada além das árvores. — Está escurecendo, preciso encontrar algum lugar — sussurrei. O sol estava baixando… logo o céu iria escurecer. Confesso que estou com medo. Esse lugar tem um teor estranho, não sei como explicar, é só uma sensação... Que sinto. Decidi seguir a trilha. Eu acho que nunca andei por esse lugar. É um bairro novo? Perto de florestas? Para não ficar perdida, sempre tenho um mapa, que no caso é o GPS do meu celular, e não estou com ele. Estava no carro, e nem sei onde foi parar meu carro. Eu estou... Ferrada, isso sim. De longe avistei um homem com armadura, andando em um cavalo, ele estava vindo em minha direção, o homem pareceu me ver, e então colocou a mão na cintura, em cima da espada. — O quê? Que brincadeira é essa? Ele é algum ator, alguma coisa assim? — Perguntei enquanto olhei à minha volta. O homem de armadura veio em minha direção, meu corpo congelou por um instante, e então após alguns segundos, eu decidi sair dali... O medo me atingiu. Sai correndo cambaleando entre as árvores, minha cabeça e pernas doíam, eu só queria voltar para casa. Por correr tão rápido, com medo no meio do bosque, bati em algo com força e cai no chão. — Ah! Que droga! — resmunguei enquanto segurei minha perna, ela estava sangrando. Eu pude ouvir o som do cavalo pesado correndo, cada vez mais próximo. — U-uma garota? — ouvi alguém falar, levantei minha cabeça e então vi: um homem de cabelos de cor de mel, lisos que batiam até sua nuca. Sua pele era levemente bronzeada, roupas velhas, olhos esverdeados. — Quem é você? — perguntei curiosa. Ele estava segurando um machado, dava para ver as toras cortadas logo atrás dele. — Meu nome é Caleb, quem é você? O que está vestindo? Eu nunca vi ninguém assim por aqui antes! — falou enquanto me olhou dos pés à cabeça, vi que ele ficou um pouco corado. Minha roupa é tão ousada assim pra ele ficar assim? — Me chamo Amélia. — respondi. Esse homem... Não parava de me encarar. Com dificuldade, me levantei, em seguida ouvi o som do cavalo atrás de mim, relinchando, batendo fortemente as patas no chão. Com o susto, dou um pulo e vou atrás de Caleb. Ele sem pensar duas vezes se colocou na minha frente, e encarou com o rosto sério do homem. — Quem é essa moça estranha? — perguntou em voz alta com um tom grosseiro. Ele puxou a espada como uma ameaça, usava um elmo, não conseguia observar o seu rosto. Não estou entendendo nada. Segurei na manga da roupa de Caleb, ele me olhou de canto de olho e retornou a fitar o tal homem estranho que parecia que saiu de um filme. — Ela está comigo — disse Caleb com a voz firme. — Tal mulher vulgar precisa aprender a se vestir — respondeu o homem de armadura enquanto seu cavalo dava passos para frente. Aprender a me vestir? Vulgar? Como assim? Eu sou normal aqui. Eles que usam roupas estranhas. Um parece um ator de filmes antigos, e esse Caleb parece um camponês de filmes de época. Caleb voltou a olhar para mim, direcionando seu olhar para o decote da regata que eu estou usando e então ele ficou... desconfortável, tentou desviar o olhar. — E-ela tropeçou enquanto me ajudava a cortar lenha, então estava indo tomar um banho no riacho antes que a água baixasse. Caleb falou envergonhado. — Uma mulher não deve andar vestindo tais roupas, tal quais eu nunca vi antes, eduque-a, ou da próxima vez eu a levarei para aprender. — O cara falou enquanto guardou a espada e se preparou para sair, até que ele se virou e diz. — Ah! E diga ao chefe de sua aldeia que passarei na próxima semana para pegar as taxas, e dessa vez sem atrasos. Caleb mudou a expressão, ele pareceu estar com raiva. — Mas vocês vieram há duas semanas! Precisamos de mais tempo! — exclamou Caleb enquanto cerrou os punhos. — Sem mais… são ordens do comandante, apenas as obedeça — gritou o homem, então ele se virou para mim e disse: — Eu me lembrarei de você. Apenas olhei para ele, sem falar mais nada, e ele seguiu com seu cavalo... Desaparecendo entre as árvores. Que loucura foi essa? Realmente estou perdida... Sem saber o que está acontecendo e onde estou. É uma brincadeira isso? Preciso saber onde estou e o que está acontecendo aqui.POV Amelia. Sequestrada.Ao abrir meus olhos, levei um grande susto. O-onde eu estou?Está tudo embaçado, minha cabeça dói, tudo que vejo são tochas em um local fechado.Tentei forçar os olhos para enxergar algo, vi um brilho de luz.Não sei que lugar é esse. Tentei me levantar, mas algo está me prendendo.Olhei para minhas mãos e elas estão amarradas, não consigo me soltar, que droga! Quando me lembrei do que aconteceu, meus olhos saltaram. — Caleb? — sussurei... Onde ele estava? Ele caiu da carroça assim como eu? Ele estava aqui comigo? — Onde você está Caleb? — sussurrei de novo. Mas, a resposta não veio. Sinto dores pelo corpo, na perna, cabeça... Droga, me machiquei de novo.Preciso sair daqui.Respirei fundo."Preciso ficar calma, tenho que descansar para poder conseguir fugir e encontrar Caleb. " pensei enquanto me apoiei na parede atrás de mim.Aos poucos acabei me perdendo no cansaço e cai no sono.Apaguei ali mesmo no chão...TEMPO DEPOIS... AcordeI com sons altos
POV Amélia.Retornando ao vilarejo.Dia seguinte.Acordei bem cedo, Caleb me chamou para tomar café da manhã e em seguida, nos preparamos para sair dali.******Após um tempo, chegamos ao mercado, onde venderemos os couros e os tecidos. Achei lindo tudo aquilo, tudo parecia um conto de fadas, todas aquelas lojas e pessoas como nos filmes antigos. Nunca imaginei estar em um lugar assim.Ficamos horas e horas vendendo tudo. Toda essa movimentação me deixou exausta, vi que Caleb estava também como eu. Arrumamos tudo depois de vendermos e nos preparamos para voltar. — Que legal Caleb, conseguimos vender tudo. — falei, sorrindo pra ele. — Estou contente, podemos realmente pagar os impostos. — respondeu ele sorrindo, nunca o vi tão sorridente. Ele arrumou a carruagem e me chamou para irmos. Já estava ficando tarde, devemos voltar o quanto antes, aquele cara irá passar na vila em poucos dias.Subi na carruagem e o cavalo galopou. Vi então de longe uma enorme movimentação, cada vez
POV Amélia. Viagem e respostas.Enquanto estávamos andando pelo vilarejo com a carroça pegando as mercadorias, minha mente não parava… estava pensando sobre o que o senhor Frei disse, aquela fera. Ela tinha mesmo atacado as pessoas, as matado… confesso que estava com medo. Mas tentei não pensar muito nisso. Enquanto a carroça se movia, percebi como o lugar era humilde e simples. Todos são trabalhadores honestos e bons. E Caleb precisava desse dinheiro, e eu iria ajudá-lo.Saímos após almoçar, a carroça estava cheia de peles, pedras brilhantes, tecidos e grãos para vendermos, Caleb estava animado.Andamos o dia todo com pausas para alimentarmos os cavalos, paramos em algumas pequenas vilas e por fim, fizemos um pequeno acampamento na entrada de uma delas para dormirmos. Caleb me disse ser mais seguro por conta dos ladrões. Perguntei porque não vendemos as mercadorias aqui mesmo, e ele disse que no Reino de Arven as coisas valem mais.******Já de manhã, vimos alguns animais nativos
POV Amélia. Tentando descobrir respostas. Na hora do banho, Caleb me levou até o banheiro, onde há apenas uma banheira de madeira com arcos de aço e alguns utensílios para higiene.Não é como se eu soubesse tomar banho daquela maneira, mas eu estou tão suja que quero apenas me lavar, não consigo ficar nem mais um minuto assim. Escutei a voz de Caleb me tirando dos meus pensamentos;— Irei deixar algumas roupas para você aqui. — disse ele enquanto as colocou em cima de um barril que se encontrava perto da porta.Assim que ele saiu, eu fui até a porta e a fechei.— Ufa, até que enfim… — exclamei enquanto me escorei na parede.— Que dia foi esse! Espero que tudo seja apenas um sonho. — Tirei minhas roupas e o meu relógio também, quando reparei nele, percebi que ele não funciona, mas como assim? Porque meu relógio parou?Que estranho. Depois vou dar uma olhada.Deixei ele ali e entrei na banheira, a água estava morna, senti um cheiro bom, de certo Caleb, pois algumas ervas medicinais
POV Amélia.Vilarejo Riverhill. Respirei fundo, já decidida e falei a Caleb.— Muito obrigada! Eu fiquei assustada, o que está acontecendo? Que lugar é esse? — Perguntei a ele. Estou bastante curiosa e preciso da ajuda dele para sair daqui.Preciso ir para casa, ver minha mãe. Ela sofreu um acidente, preciso saber como ela está. Caleb me encarou, seu rosto estava todo vermelho, ele desviou o olhar. — Você não deveria se vestir assim, é inapropriado para uma moça. — ele falou e rapidamente pegou uma manta velha que estava perto de suas tralhas de trabalho.Ele fala de um modo estranho... antigo, para ser exata. Então colocou sobre meus ombros, e ficou olhando para o meu rosto de perto.Por que estava me olhando assim? No mesmo instante, dei um passo para trás. — De onde você é? — Caleb perguntou enquanto dava uns passos para trás e começou a arrumar suas coisas para ir embora.— Eu sou de São Paulo. — Respondi enquanto ele me olhou pasmo sem entender nada.— Sabe… sou do Bras
POV Amélia Droga... Estou atrasada para o trabalho. Pisei mais fundo no acelerador e olhei firmemente para a estrada... Se eu chegar atrasada, o meu chefe vai me matar.Trabalho em uma editora e eu preciso urgentemente revisar alguns livros pendentes. Meus dedos pressionaram com força no volante e mudei a marcha rapidamente. Ao virar a direita, escutei meu celular tocando no meu colo. Quem pode ser?E justo agora? — Isso vai me atrasar ainda mais. Conectei meu celular ao carro e olhei para o visor... Alguém desconhecido estava ligando. Cliquei no botão e atendi a chamada. — Alô... É a Senhorita Amélia? — era uma voz de mulher. — Sim, sou eu... Com quem eu falo? Perguntei, vidrada na estrada... Não posso me atrasar mais. — Aqui é o hospital Santa Cruz... A sua mãe sofreu um acidente... Eu não consegui ouvir mais nada. Quando ouvi o nome da minha mãe... Meu mundo parou ... Minha mãe sofreu um acidente? O que?? Meu coração se apertou. Eu comecei a falar, toda atrapal
Último capítulo