Madson Granger
Nelson, CA
Ajudei minha tia a entrar no carro de Sabrina enquanto ela murmurava, do banco de trás, uma série de reclamações indignadas sobre os remédios que os médicos haviam receitado.
— Aquilo é forte demais para o meu organismo… — resmungou, ajeitando a bolsa no colo. — Vou me curar muito melhor com meus chás.
Suspirei, apoiando a mão na porta para manter a paciência.
— A senhora sabe que os remédios são essenciais, não sabe? — falei, tentando não soar dura. — Eles não receitam isso à toa. É para o seu bem.
Ela revirou os olhos imediatamente, daquele jeito clássico e dramático que só ela sabia fazer.
Sabrina, no banco da frente, soltou um risinho abafado. Eu bufei. Minha tia começou um verdadeiro monólogo sobre “métodos naturais serem mais puros”, “plantas saberem curar o que a medicina não compreendia” e “o corpo entender quando a cura é verdadeira”.
Enquanto isso, Sabrina apenas dirigia com aquele ar calmo de quem estava presenciando uma cena que, curiosamente, par