CAPÍTULO 145.

Eliyahu Prokhorov.

Eu aprecio que Darina corra pra mim sempre que tem um pesadelo. É quase automático: ela sai do quarto, vem cambaleando pelos corredores escuros, e se enfia na minha cama como se meu peito fosse um cofre. O abrigo. O lugar seguro. Ela não fala nada. Só encosta. Dorme. Às vezes soluça baixinho, como se estivesse se desculpando por algo.

E eu deixo. Sempre deixo.

Mas começa a se tornar um pesadelo pra mim. Um outro tipo de pesadelo. Um silencioso. Que respira devagar no escuro, que tem cheiro de sabonete suave e pele quente. Porque Darina dorme agarrada em mim. E o corpo dela — porra, o corpo dela — me fere com uma calma absurda. Mesmo que ela use aquela camiseta oversized preta, larga e confortável, mesmo que use calças de flanela xadrez em tons de cinza e preto, com quadrados de cores diferentes todas as vezes… nada esconde o que ela é. Robusta. Quente. Presente.

E quando ela acorda, com o rosto ainda meio amarrotado de sono, e me olha como se eu fosse o único no mun
Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP