Tempo vai com Calma.
Nem acredito que o tempo passou tão rápido. Às vezes parece que foi ontem a minha festa de dezoito anos, o dia em que descobri que a ômegazinha que eu tanto implicava seria a minha companheira. Lembro da confusão que senti, da raiva misturada com medo e, logo depois, da surpresa ao perceber que aquele ódio todo não era nada mais do que amor mal disfarçado. Helena chegou na minha vida devagarinho, sem pedir licença, e mudou tudo. Mudou o meu jeito de falar, de pensar e até a forma como eu enxergava o mundo.
Eu me lembro de todas as vezes em que pedi à Deusa uma companheira que lutasse ao meu lado de igual para igual, alguém que não se curvasse diante das dificuldades, que tivesse coragem e amor suficientes para dividir o fardo e a alegria de ser líder. E Ela me ouviu. Me deu Helena — a melhor mulher que eu poderia ter como esposa, a melhor Luna que a minha alcateia poderia sonhar em ter.
Quando soube da primeira gravidez dela, senti algo que até hoje não sei explicar direito. Foi uma