Ao chegar em casa, após um dia estranho, sentindo-me observada a cada passo, finalmente me deito no aconchego do meu quarto. O silêncio me envolve, e sinto-me um pouco melhor, como se as paredes do meu refúgio fossem capazes de afastar tudo o que me inquieta. Mas, no fundo, sei que hoje à noite minha vida mudará por completo. Essa certeza pulsa dentro de mim, como se já fosse um destino traçado. Enquanto penso nisso, o cansaço me vence, e meus olhos pesam. Deixo-me levar pelo sono, apenas por alguns instantes, mas logo acordo com uma voz chamando meu nome. — Helena... — diz a voz, suave, mas firme. Abro os olhos de súbito, pensando que seja minha mãe. Levanto e vou até a porta, mas não vejo ninguém no corredor. O coração dispara. — Helena, você está me ouvindo? — a mesma voz ecoa, agora mais clara. — Quem está aí? — pergunto, assustada, tentando entender o que acontece. — Sou eu, Helena. Sua loba. Congelo. Minha loba? Mas como isso é possível? Ela não deveria aparecer apenas apó
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