CAPÍTULO 39

A noite caiu com o peso de um céu sem estrelas. Lion mal percebia a cidade que passava pela janela do carro, os dedos cerrados sobre o volante, o maxilar travado. Seu coração batia em um ritmo irregular, como se cada batida lutasse para não sucumbir à dor.

O hospital era silencioso, frio, iluminado apenas pelas luzes esparsas dos corredores. O cheiro de desinfetante e medo grudava em sua garganta. Lion passou direto pela recepção, onde já sabiam quem ele era. O segurança apenas assentiu e o deixou entrar.

Subiu de elevador até o andar da UTI. Cada andar parecia um fardo a mais em seus ombros.

Quando a porta automática se abriu, ele foi recebido por um som agudo e contínuo: o bip constante dos monitores. Enfermeiras andavam apressadas, mas havia um ar de respeito e preocupação ao redor do quarto 403. Ali estava ela.

Ana.

Deitada, pálida, o rosto machucado, os fios de cabelo espalhados sobre o travesseiro branco. Havia tubos, curativos, e aquele som terrível dos aparelhos monitorando se
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App