— Me perdoe por fazê-la passar por tudo isso. — O ar no quarto parecia se tornar mais denso a cada segundo que passava. A brisa fria da noite lá fora era um contraste irônico com o calor que começava a consumir meu corpo, transformando a pele em uma tela sensível a cada toque dele. O medo, aquele pavor gélido que Jennifer e o acidente haviam cravado em minha mente, estava ali, espreitando nas sombras do teto. Eu podia senti-lo como um peso no peito, uma âncora me puxando para a realidade dolorosa.
— me perdoe. — ele sussurrou, a voz rouca e baixa, um arrepio que não era de frio percorrendo minha espinha. Seus olhos, profundos e escuros, me fitavam com uma intensidade que parecia ler cada turbilhão da minha alma. Ele usou a ponta do polegar para traçar a linha da minha mandíbula, um gesto simples que incendiou a pele sob sua carícia. — voce parece estar distante.
— não… não estou. — minha voz saiu fraca, quase inaudível, uma confissão da minha luta interna.
Ele sorriu, um sorriso len