Adam olhou para Ana com olhos intensos, como se estivesse avaliando não apenas o plano, mas o perigo real de enfrentarem algo muito maior do que aquela porta trancada. Ele apertou os dedos ao redor da barra de ferro e respirou fundo, a tensão vibrando em seu corpo como um fio prestes a se romper.

— Se ele vier... — começou Adam, com a voz baixa e tensa — eu vou impedir que ele encoste em você. Custe o que custar.

Ana sentiu o coração bater mais rápido. A promessa de proteção era reconfortante, mas a ameaça implícita a fazia tremer. Ainda assim, havia algo na intensidade de Adam que a fazia acreditar nele — não completamente, mas o suficiente para dar um passo ao lado dele.

— Então vamos fazer isso — sussurrou ela.

Adam se aproximou da porta, colocando a ponta da barra de ferro na junção entre a fechadura e o batente. Forçou com cuidado no início, tentando encontrar um ponto de apoio. A madeira rangeu levemente, e ambos congelaram por um instante, ouvindo atentamente qualquer sinal de