Ana Clara ria, alto, escancarado.
— Olha só para você, Heitor Torres. Um fracassado! — ela debochou, aproximando-se com arrogância.
Ele sentiu a raiva crescer como fogo.
O rosto queimava.
O coração disparava.
Cada palavra dela era como facada, lembrando-o de cada derrota, cada humilhação, cada traição.
O homem que ele amara, a mulher que confiara… tudo destruído.
— Cala a boca! — ele gritou, a voz tremendo de fúria e dor.
Pegou a garrafa de uísque na mesa e a atirou no chão.
O vidro estourou em mil pedaços, espalhando o líquido escuro pelo piso.
Ana Clara riu ainda mais alto, sentindo prazer em cada pedaço da humilhação dele.
O homem que a acompanhava a segurou pelo braço.
— Vamos, Ana. Está na hora de ir.
Heitor recuou, mas não podia deixar que eles escapassem.
Pegou a arma da gaveta, a mão tremendo, os dedos suando, sentindo o mundo desmoronar ao seu redor.
— Não vão sair assim! — rugiu, a voz carregada de desespero.
Eles correram até o carro.
A chuva começou a cair com força, os pi