CINCO ANOS DEPOIS
O homem caminhava de um lado a outro, suas mãos suavam e ele sentia seu coração batendo cada vez mais devagar.
Como aqueles números poderiam estar certos? Como sua empresa poderia estar falindo daquela forma?
Heitor Torres pegou os papéis em cima da mesa e os amaçou, jogando-os no lixo do escritório.
Ele gritou e socou a mesa, sentindo todo o seu sangue ferver.
Como aquilo era possível?
Ele sentiu as paredes do escritório ficando cada vez menores, enquanto pensava em todas as dívidas que devia pagar. Como seu pai podia ter sido tão irresponsável com a empresa durante tantos anos?
De repente, a porta do escritório se abriu e Ana Clara entrou.
Ele a olhou irritado, porque ela o estava incomodando agora?
— O que foi? — ele perguntou.
— Você devia vender a empresa enquanto pode conseguir algum lucro com ela. — ela disse.
O que? Vender uma empresa que estava em sua família por gerações?
Ele apertou o cordão com a medalhinha do filho que perdeu.
Já não bastava