O dia começou com uma chuva fina em Roma.
Daquelas que não molham a pele — mas encharcam a alma.
Serena estava no jardim da mansão.
Imóvel.
De casaco preto, botas de couro e olhos perdidos no céu acinzentado.
Adriana se aproximou com o celular nas mãos.
— Don Ernesto confirmou.
— E então?
— Eles estão vivos. Três membros do Círculo do Silêncio.
Ainda ativos. Escondidos sob novas identidades.
Serena assentiu devagar.
— Diga a ele que vou encontrá-los. Pessoalmente.
Adriana hesitou.
— Eles podem não confiar em você.
— Vão ter que confiar. Ou vão morrer comigo.
—
No final da tarde, Serena deixou a mansão sem alarde.
Viajou com Lorenzo e dois homens de confiança.
Destino: uma vila esquecida na região de Puglia.
Ali, numa casa de pedra com janelas verdes, morava Enrico Caltagirone, o homem que uma vez foi o informante mais letal de sua mãe.
— Ele vive recluso desde que Maria morreu — explicou Ernesto, por telefone. — Não fala com ninguém. Mas ainda sabe tudo.
Serena bateu à porta.
Três vez