Três dias após o sequestro de Dante, Serena ainda sentia o gosto metálico do medo.
Ele estava em casa, em recuperação, mas o corpo dela não tinha mais paz.
Não dormia direito.
Não comia como antes.
E havia uma fúria silenciosa crescendo no peito.
Ela não queria justiça.
Queria destruição.
—
Adriana entrou no escritório com uma expressão séria, o tablet nas mãos.
— Temos algo.
Serena ergueu os olhos.
— Fala.
— Encontramos o terceiro nome da lista de herdeiros silenciosos que Don Ernesto te deu.
E, Serena… você não vai gostar.
— Quem é?
Adriana virou o tablet.
Uma imagem surgiu: um homem de terno escuro, barba bem-feita, óculos escuros.
Sorriso de político.
— Giovanni Tersani.
— Não conheço.
— Conhece sim.
Você o viu em dois jantares diplomáticos no início do ano.
Ele representa uma ONG internacional voltada à reabilitação de ex-combatentes.
Mas isso… é só fachada.
Serena se levantou devagar.
— O que mais?
— Ele era um dos protegidos de Giulia.
Cresceu sob tutela de um braço financeiro