Dante chegou no salão da mansão com o jornal em mãos.
Na capa:
“Atentado ou encenação? O teatro de Serena Morelli.”
Ele jogou o exemplar sobre a mesa com força.
— Eles estão jogando com sua imagem.
— Eles estão me testando.
— Estão tentando deslegitimar você.
— E vão conseguir, se a gente seguir calado.
—
Serena serviu café como se servisse uma estratégia.
— Preciso de alguém.
— Quem?
— Don Fausto.
— O quê?
— Ele odeia a Giulia mais do que odeia a mim.
É o único que pode sustentar minha versão diante da mídia sem parecer que me deve algo.
— Ele é o lobo do sul, Serena.
— E eu sou a loba que Giulia subestimou.
Está na hora de farejar aliados com dentes.
—
Dante suspirou.
— Se for te manter viva… então sim.
Mas eu vou com você.
— Não.
Essa jogada é minha.
Se eu não souber negociar sozinha agora, nunca mais vão me respeitar.
—
Naquela tarde, Serena foi ao encontro de Don Fausto.
Um velho implacável.
Olhos pálidos.
Mãos sempre limpas, mesmo quando carregadas de sangue.
Ele a recebeu no ja