Naquela manhã, Serena não dormiu.
Nem tentou.
Enquanto o sol surgia como uma lâmina dourada no céu de Palermo, ela se vestia de preto, o cabelo preso em um coque perfeito, e o coldre preso à cintura como uma extensão da pele.
Lorenzo já a esperava no hall.
Adriana surgiu segundos depois, ainda com os olhos pesados de preocupação.
— Recebi os relatórios — disse Serena. — Chiara está escondida em alguma das propriedades rurais antigas dos Ravello.
Terrenos que foram registrados em nomes fantasmas, antes da queda oficial do império dela.
— E a gente tem localização? — perguntou Adriana.
— Temos pistas.
E isso basta.
Dante desceu as escadas em silêncio, a expressão carregada.
— Você tem certeza que quer fazer isso pessoalmente?
— Tem alguma parte da minha alma que você ache delegável, Dante?
Ele não respondeu.
Apenas caminhou até ela, entregando uma pequena caixa preta.
— Então leva isso.
Nova arma. Sem registro. Silenciador incluído.
Ela abriu a caixa e assentiu.
— Obrigada.
E então diss