Henrique esperou que Alina desaparecesse no corredor em direção ao banheiro antes de se afastar um pouco da escultura. A festa continuava lá fora, risos e música misturados ao som de taças, mas naquela ala lateral o ambiente era mais silencioso, quase conspiratório.
Ele encostou-se numa coluna, ajeitando o punho da camisa, e viu Isadora aproximar-se.
— Então? — perguntou ele, em voz baixa, inclinando-se para que ninguém ouvisse. — Qual é o plano? Porque a “Madame Esculturas” parece fácil de encantar, mas eu continuo sem ideia do que estou caçando.
Isadora lançou um olhar rápido ao redor antes de responder:
— A caixa de joias dela. É pequena, mas o que importa está dentro: um pendrive.
— Um pendrive? — Henrique arqueou a sobrancelha. — Você está me dizendo que toda essa operação de gala é por causa de um pen drive escondido numa caixinha?
— Exatamente. — Ela respirou fundo. — E você é quem vai ter que pegá-lo, porque eu já localizei o outro alvo. Miles Barrington. O tablet dele tem inf