Dante saiu do quarto com passos firmes, sua silhueta projetando uma sombra alongada sob a luz crua do sol que filtrava pelas janelas do corredor. Fabio o seguiu de perto, o semblante tenso, como quem pressente que algo está prestes a explodir.
Lá fora, o calor era sufocante, e a multidão de homens reunida vibrava com uma energia densa e perigosa. O murmúrio das vozes cessou num silêncio tenso assim que Dante surgiu no limiar, com os ombros largos, o olhar escuro como a noite e a postura de um rei prestes a decretar sua sentença.
— Quem de vocês ousa questionar a minha liderança? — sua voz rugiu, como um trovão no ar quente.
Os homens se remexeram inquietos; alguns desviaram o olhar, outros cerraram os dentes com desafio. Entre eles, um homem deu um passo à frente. Angelo, um dos tenentes mais antigos, com cicatrizes que contavam batalhas passadas e olhos que refletiam anos de lealdade… ou o que restava dela.
— Não se trata de questionar, Dante — sua voz era grave, sem sinal de submiss