Continuação.
Ela respirou fundo, ainda corada, e começou a se afastar, apoiando-se nos braços para se levantar. Cada movimento era hesitante, como se temesse perder o equilíbrio ou se expor demais. Eu permaneci sentado, observando cada gesto, sentindo meu próprio corpo reagir à proximidade dela.
— Está… melhor agora? — perguntei, tentando soar indiferente, embora a voz traísse a preocupação que eu não queria admitir.
— Sim… — respondeu, a voz baixa e trêmula. — Obrigada… por… você sabe… por deixar eu… ficar perto.
Ela desviou o olhar, o cabelo loiro caindo sobre o rosto, e suas bochechas parecia querer incendiar o quarto inteiro. Eu me forcei a não reagir de imediato, mas era impossível não perceber cada centímetro dela, cada curva do corpo ainda pressionando o meu peito há poucos minutos.
— Então… — comecei, levantando-me também, mantendo uma distância segura — vamos tentar manter alguma… distância, pelo menos até o amanhecer de verdade.
Ela assentiu rapidamente, ainda cor