Eu não sabia o que me esperava quando pedi a Henry que me acompanhasse a uma reunião importante fora da cidade. Era apenas trabalho. Era o que eu dizia a mim mesma, mas meu coração sabia que era muito mais.
O silêncio dentro do carro era preenchido por algo invisível, denso... Quente. Ele dirigia com os olhos atentos à estrada, mas, vez ou outra, seu olhar encontrava o meu pelo retrovisor. E quando isso acontecia, um arrepio subia por minha espinha. Era inevitável.
Estávamos hospedados em um hotel boutique, daqueles discretos, elegantes, com iluminação baixa e perfume de madeira e lavanda no ar. A reunião correra bem. Tudo que restava era o jantar. Formal. Profissional. Mas os olhos dele queimavam quando me ajudou a tirar o casaco na recepção do restaurante.
Durante o jantar, nossas mãos se tocaram duas vezes sem querer. Ou talvez... querendo demais. O vinho ajudava a dissolver as defesas. Me peguei rindo de uma piada dele. Meu Deus... fazia tempo que eu não ria assim.
Quando voltamos