Capítulo 44 - Matando a saudade.
Dante Bianchi
A porta se fechou atrás de nós, abafando o som distante da cidade.
O ar da minha casa parecia diferente naquela noite. Como se o lugar inteiro soubesse que algo estava prestes a mudar.
Marina deu alguns passos à frente, olhando ao redor. As luzes suaves iluminavam o espaço — tons quentes, modernos, sem ostentação. Ela girou devagar, analisando tudo com aquele olhar curioso de quem tenta decifrar um segredo.
E antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, fui até ela e a peguei no colo.
Rápido, instintivo.
— Dante! — ela riu, surpresa, as mãos indo para o meu pescoço. — Você ficou maluco?
— Totalmente — respondi, sorrindo, mantendo os olhos nos dela. — Um dia ainda vou fazer isso quando a gente estiver chegando da cerimônia do nosso casamento.
Ela arqueou uma sobrancelha, rindo daquele jeito que me desmontava.
— Casamento? Você não acha que tá indo rápido demais?
— Não — falei sem hesitar. — Se não for com você, não vai ser com ninguém.
Ela parou de rir, e o silêncio que se