Dante Bianchi
Quando o portão da minha casa se abriu, um arrepio subiu pela minha espinha. Aquela sensação de posse, de saber que logo teria Marina só pra mim... me consumia.
Dirigi até a entrada e estacionei em frente à porta. Saí do carro com pressa, contido apenas pela fina linha da sanidade que ainda me restava. Abri a porta do lado dela. Ela ia descer com calma, mas eu já estava à beira do colapso. Quase virei aquela mulher de costas ali mesmo, contra a lataria, pra mostrar o quanto eu a queria. Mas me contive — por pouco.
Deixei que passasse na minha frente. A visão das curvas dela sob aquele vestido me torturava. Ela sabia. Ela fazia de propósito.
Destranquei a casa. Assim que entramos, ela começou a dizer algo — mas não deu tempo.
Segurei firme sua cintura e a levantei no colo. Ela deu um gritinho surpreso, batendo levemente em meu peito.
— Dante! Me coloca no chão!
— Eu sei que você sabe andar — falei, subindo os degraus com ela nos braços — mas aproveita, porque daqui a pou