Capítulo 12 - Investigação.
Dante Bianchi
Estacionei o carro rente ao portão do galpão, o motor ainda roncava quando desliguei a ignição. Saí sem pressa, ajustando a manga da camisa escura enquanto meus olhos varriam o entorno. Um dos meus soldados já me aguardava junto à entrada. Quando ele me viu, abriu a porta imediatamente, sem dizer uma palavra. Era o mínimo. Respeito nunca foi negociável.
Entrei no galpão e fui recebido pelo cheiro de metal e óleo. O chão de concreto tinha marcas recentes de pneus e rastros de sapato, e as grandes caixas de madeira empilhadas formavam corredores improvisados entre os homens armados que fiscalizavam o carregamento. Mais um lote de armas havia chegado. Caro, eficiente e metade já vendido.
Donatello estava lá, como esperado. Cercado por seus homens, inspecionava o conteúdo com olhos clínicos. A barba bem feita e o blazer claro contrastavam com o cenário industrial ao redor. Elegância no caos.
— E então? Tudo certo? — perguntei, me aproximando com as mãos nos bolsos e o ol