Capítulo 10 - Companhia.
Marina Salles
Ainda estava tão perto que eu podia sentir o perfume dele no ar. Algo amadeirado, intenso, mais masculino do que qualquer fragrância que eu já tivesse conhecido. Meu coração estava disparado como se eu tivesse acabado de correr uma maratona. Não sabia se era o beijo, a presença dele, ou o fato de que aquilo tudo parecia coisa de filme noir. O tipo de cena que termina com uma tragédia ou com uma paixão avassaladora. E o pior: eu ainda nem sabia o nome dele.
— Qual o seu nome? — perguntei, finalmente, com a voz mais fraca do que gostaria. Ele sorriu de leve, como se já esperasse por isso.
— Dante. Dante Bianchi. — E quando ele disse o sobrenome, entendi por que ele carregava aquela postura de quem já nasceu mandando no mundo. — E o seu é Marina, não é?
Ele lembrava meu nome?
— Isso! Marina. Marina Salles.
Ele repetiu meu nome baixo, como se estivesse saboreando.
Durante os minutos seguintes, que mais pareceram segundos, nos perdemos em conversa. E, surpreendentement