> “O desejo não correspondido não desaparece.
Ele adormece, finge estar morto...
Até o dia em que respira fundo —
e ruge.”
Desde o retorno de Younha à casa, Yanika mal conseguia respirar sem pesar o controle. O cheiro da outra ômega — lúpus, intenso, dominante, soberbo — voltara a impregnar a casa, mesmo quando mascarado por supressores. A presença dela tornava o ar espesso. E os dias, curtos demais.
Não por falta de tempo. Mas por excesso de autocontrole.
Yanika evitava olhar para ele. Evitava parar perto demais. Evitava... sentir.
Mas Mike — o alfa lúpus puro que agora era pai de dois filhotes — a observava o tempo todo. Disfarçava bem. Mas ômegas sentem.
E o que ela sentia era perigoso.
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Agora ela tinha um “motivo legítimo” para estar ali: contratada oficialmente como babá, com salário assinado pelo próprio Mike, um quarto só seu no andar superior e acesso irrestrito às crianças.
Um favor? Um presente?
Não. Aquilo era um gesto de posse.
E ela sabia.
> “Quero você por perto”, ele