(Ponto de vista da Yanika )
A casa estava cheia de gente, mas Yanika se sentia sozinha.
O salão principal estava decorado com tons suaves de azul e dourado. Balões em arco preenchiam o vão da escada, e uma mesa longa exibia cupcakes personalizados, potes com doces, bandejas com mini sanduíches. Crianças corriam entre as pernas dos adultos, rindo, caindo, levantando. O som era de festa, mas dentro dela havia apenas silêncio.
Ela caminhava devagar com Minho no colo e Liya agarrada em sua saia, as mãozinhas pequenas apertando com força como se tivessem medo de soltá-la. Os pequenos completavam um ano naquele dia, mas Minho chorava sem parar desde o início da manhã. Yanika tentara deixá-lo com as babás contratadas para o evento, mas ele gritara como se estivesse sendo arrancado de casa. Liya, embora mais tranquila, recusava qualquer outra presença.
“Mamã”, balbuciara pela terceira vez, agarrada ao pescoço da ômega.
E aquilo a quebrava.
Yanika tentava manter a compostura, vestida com o úni