Mundo ficciónIniciar sesiónLauren casou-se com Damian como parte de um acordo. Havia uma condição: engravidar nos próximos cinco anos. Quando o prazo está quase acabando, ela descobre a gravidez, mas o primeiro amor de Damian retorna e alega estar grávida dele. Damian pede o divórcio, sem saber que sua esposa carregava uma criança dele. Depois que ela se vai, ele percebe que ela é o seu verdadeiro amor. Cinco anos após o divórcio, Lauren retorna, mas dessa vez, ela não deixará que ninguém pise nela.
Leer másA prova da traição dele estava bem ali. O homem de roupão da foto era, sem sombra de dúvidas, Damian. Depois de cinco anos casada com ele, Lauren não o confundiria com nenhum outro. Bem no canto da foto, a mão de uma mulher, junto com a legenda: PORQUE É COMIGO QUE ELE PASSA AS NOITES! NÃO ACREDITA? ESTAMOS NO ÚLTIMO ANDAR DO BELLMONT!
Logo abaixo, um endereço de hotel. O celular de Lauren tremia em sua mão direita, enquanto na esquerda ela ainda segurava o resultado do exame de gravidez feito mais cedo. A sensação do peito apertado, a dificuldade de expansão dos pulmões: Lauren estava entrando em pânico.
Sem pensar mais, ela pegou a chave do carro, a bolsa e saiu pela porta de casa.
— Senhora! — a empregada, Joelle, gritou ao ver a patroa correndo daquele jeito.
Lauren não deu ouvidos a Joelle e entrou no veículo, dando partida no mesmo e dirigindo furiosamente pelas ruas de Charlotte. Os olhos dela continuavam se nublando por conta das lágrimas, mas ela não se intimidaria e, em minutos, chegou ao Hotel Bellmont. Ela olhou para cima e viu as luzes do último andar acesas.
Na recepção, ninguém a parou, pois ela andava a passos decididos. Ao entrar no elevador, Lauren estava fumegando. Era certo que Damian e ela haviam se casado de uma forma não convencional, sem namoro e sem noivado, porém, o mínimo que ela exigia de um relacionamento era o respeito e a lealdade, coisa que Damian Lancaster aparentemente estava em falta!
Assim que chegou ao andar, só havia um quarto possível: a suíte presidencial. Lauren andou até lá e tocou a campainha, batendo o pé contra o carpete vermelho, impaciente. A porta se abriu e uma mulher de olhos castanhos, com cabelos cor de mel e um sorriso estonteante, reforçado pela covinha na bochecha direita, a receberam. Ela vestia um roupão do hotel. Aquela era Marissa Langston, o primeiro amor de Damian.
— Lauren! — ela falou com um sorriso imenso no rosto. — Ah, você chegou tarde para nos ver em ação. Damian está no banho, agora.
Os cabelos de Marissa estavam bagunçados, indicando que houve alguma ação entre o casal. Os lábios de Lauren tremeram.
Naqueles cinco anos de casamento, Marissa sempre foi a terceira peça daquela união. Ainda que tenha passado quase esse tempo todo fora da cidade, Damian sempre a visitava e deixava Lauren sozinha, inclusive nos dias que eles deveriam comemorar o casamento deles. Marissa estalava os dedos, e Damian abandonava Lauren sem cerimônia.
Todas as vezes que Lauren tentou argumentar e reclamar, Damian a chamava de louca, afirmando que ela estava vendo chifre em cabeça de cavalo. Para não irritá-lo, para não perder a razão, Lauren acaba calando-se e aguentando calada. Mas para tudo tinha um limite!
— Eu quero falar com ele. Agora! — Lauren tentou entrar, porém, Marissa não permitiu e a empurrou. — Sai da frente!
— Ele está no banho! Além disso… você não sente vergonha?
— Eu, vergonha? — Lauren soltou uma risada desdenhosa. — Eu sou a ESPOSA dele, Marissa! A única que deveria se envergonhar de ser uma destruidora de lares é VOCÊ!
Aquelas palavras não abalaram Marissa, que fez um beicinho.
— Sabe, Lauren, eu tenho até pena. A pessoa que não é amada é a que verdadeiramente está sobrando na relação. Nesse caso… — ela olhou Lauren de cima a baixo — é você mesma. E tem mais!
A mão de Marissa foi para a própria barriga e ela mordeu o lábio.
— Em cinco anos, você não serviu nem mesmo para cumprir com as suas obrigações para com os Lancaster. Pois bem, eu fiz isso por você!
A insinuação era clara: Marissa estava grávida de Damian. Lauren levou a mão ao peito, tentando não chorar. Marissa, para completar, pegou o celular do bolso do roupão e abriu um exame de sangue em seu próprio nome, afirmando que ela estava, de fato, grávida.
Aquela foi a gota d’água. Lauren deu dois passos para trás, mais do que machucada. Marissa sorriu maliciosamente, antes de fechar a porta do quarto.
— Quem era? — Damian saiu do banheiro naquele momento, enxugando os cabelos, já com a calça por baixo do roupão.
— Funcionário do hotel. Eles mandaram um prato que não pedimos. Estava apenas explicando a eles.
— Ah… certo. Vou terminar de me arrumar.
Marissa se aproximou de Damian, querendo pegar a toalha da mão dele, porém, ele não permitiu.
— Damian, por que não passa a noite comigo?
— Nem pensar — ele disse. — Eu disse que só tomaria um banho aqui porque minha roupa sujou. Tenho que ir pra casa, hoje é um dia importante.
Ele tinha viajado a trabalho e chegou em um voo junto com o de Marissa. No aeroporto, alguém esbarrou nele e sujou-lhe a roupa toda, incluindo os cabelos. Damian pegou a blusa limpa e foi para o banheiro de novo, fechando a porta.
Já no carro, Lauren chorava copiosamente.
— Damian, seu cachorro! — ela reclamou enquanto batia no volante. A ruiva fungou e colocou o carro para se mover, porém, nem mesmo dois quarteirões dali, um carro passou o sinal e colidiu com o dela.
O impacto a fez bater a cabeça. Lauren estava desnorteada e tudo o que ela conseguia era ouvir vozes ao longe.
— Lauren! — foi a última coisa que ela ouviu antes de perder a consciência.
Eles saíram da igreja sob arroz e palmas, desejos de felicidade e Loui sabia, que a partir dali, nunca nada mais daria errado. Enquanto ele tivesse aquela bela mulher ao lado dele, inteligente, especial, ele jamais seria infeliz. Eles foram para o carro que os levaria à Mansão dos Blackburn. Repórteres estavam ali e, claro, não perderam a oportunidade de tirar fotos da ex-mulher de Loui, pois ela foi convidada e, agora, tinha os braços enrolados no irmão mais novo de René Laurent, Logan Everett. A festa estava animada, e os discursos foram bonitos, intensos. — Eu desejo a eles toda a felicidade que eles podem ter nessa e em todas as vidas. — Damian disse, levantando a taça. — Loui é meu melhor amigo. Uma pessoa que merece uma vida plena. E eu espero estar sempre perto para poder testemunhar essa felicidade. Aos noivos! Emma jogou o buquê e, incrivelmente, quem pegou, não foi nenhuma das adultas ali, mas Rose! A criança fez questão de ir para o meio das mulheres. Assim que se viu
A respiração prendeu na garganta de Emma. Aquilo não podia… ela olhou em volta e viu os sorrisos dos outros. Além da caixinha, Loui tirou um papel e o estendeu a Emma, antes de se colocar de joelhos. Ele olhou para o papel e Emma entendeu que deveria abri-lo. Ela o fez e, conforme foi lendo, foi fazendo sentido na cabeça dela. — Emma, eu sou oficialmente, um homem livre para poder te honrar. — Ele falou e Emma cobriu a boca com a mão livre. Loui abriu a caixinha e a estendeu para ela. Um anel delicado, com uma pedra rosa que ela poderia jurar que era um diamante, descansava ali. — Emma Reilly, passamos por momentos que serviram para nos provar que somos feitos um para o outro e que pertencemos juntos. Perdão por ter te feito passar por tantos momentos complicados e desconfortáveis. Obrigado por ter ficado ao meu lado, não importando o quê. E… eu quero pedir que me dê mais um presente: que aceite ser a minha esposa. Que seja a minha senhora Blackburn. Ele tirou o anel da caixinha e
— O que faz aqui? — ela perguntou e viu quando Logan, em vez de responder, andou até ela em passos largos e a abraçou. — Oh! — Desculpa! — ele pediu, vendo que a tinha machucado. Os olhos dele estavam úmidos. — Amor… eu … Amor. Ele a tinha chamado de Amor. Não de “meu bem”, “querida”, “Babe”. Mas de Amor. Alysha piscou algumas vezes sem compreender. — Como soube e como entrou aqui? Obviamente, apenas pessoas da família, equipe médica e policiais poderiam entrar ali. — Seu pai deixou. — Ele falou. — Meu pai? Jura? — Alysha perguntou, surpresa. — É… ele disse que… que eu pareço ser um bom garoto. — Logan riu, seguido por Alysha. — Eu prefiro ser um garoto malvado com você. Ela levantou as sobrancelhas. — Vai me seduzir agora, sério? Eu, nesse estado? Um caco? E… — Alysha não tinha se olhado no espelho, ainda, mas depois do quanto apanhou, ela sabia que não era lá uma visão boa de ser ver. — Você sempre tá linda. Não, pera. — Logan respirou fundo. — Não quero dizer que os hem
Logan ouvia tudo na internet, via os vídeos, na esperança de encontrar alguma coisa. Lia os comentários. — Meu filho, vai descansar! — Evan pediu, mas Logan não podia. Alysha era a mulher para ele. Ele sabia. Desde que ela entrou naquela cafeteria, ele sabia. Ela foi feita para ele. E, depois do sexo, da entrega deles, da conexão que era mais do que carnal, não tinha jeito: ele a queria! E a teria! — Pai, aquela é a mulher pra mim. E eu preciso encontrá-la. — Logan queria chorar, porque ele não conseguia nem imaginar o que poderiam estar fazendo com Alysha. Ela era uma mulher bonita, atraente. Ainda que andasse com aquele ar de quem poderia matar alguém que se aproximasse dela, ela era sexy. Damian mandou uma mensagem a Logan, dizendo para ele tentar ficar tranquilo, porque Alysha estava sendo procurada pelos homens dele e também dos Blackburn. Ainda que Devin não tivesse apreço pela vida de Alysha — não deseja o mal, exatamente, mas não se importava com o que acontecia com ela —,
A internet ficou em polvorosa. Loui não era Loui Jarvis, mas Loui Blackburn? Então, os boatos que surgiram de ele tentar dar o golpe em Alysha para depois matá-la e ficar com o dinheiro foram por água abaixo. Por que um Blackburn iria querer a fortuna dos Mullen, quando ele tinha muito mais? Funcionários que trabalharam com Loui começaram a comentar no vídeo, falando que conheciam o caráter dele e que Loui sempre foi uma boa pessoa, sempre correto, e que ele jamais armaria algo do tipo, mesmo que não fosse um Blackburn. — E ele sempre foi bom funcionário! Estava na empresa há anos, trabalhando ao lado do Presidente! — Ele sempre foi competente! Tem formação acadêmica! Ele é mais do que qualificado! Loui, vendo os colegas — alguns ele reconheceu pelo nickname — o fez sorrir. Ele nunca foi de dar muita conversa para as pessoas, até porque ele vivia ocupado demais com os compromissos e vida pessoal de Damian para ter esse tipo de tempo. No entanto, ele se sentiu aquecido por dentro p
Loui e Damian voltaram à empresa. — Avise o seu pai. — Damian disse. — Eu vou lidar com o imbecil do Mullen aqui, mas eu duvido que ele vai deixar isso de lado. — Não, eu vou resolver. No fim das contas, ele não é meu sogro? — Loui soltou o ar, cansado.— Suspeito que ele mesmo tenha dado fim nela pra armar esse circo. — Damian disse e Loui olhou pra ele. — O quê? Duvida? Loui sacudiu a cabeça. Como ele duvidaria? Reginald Mullen já tinha deixado bem claro o tipo de pessoa que ele era: aquele que vai buscar o que quer, quando quer, não importa o quê. Ele tinha sacrificado a filha uma vez, por que não faria isso de novo? Assim que o carro parou, Loui desceu, enquanto Damian foi para a outra entrada, a da garagem. Loui ajeitou o terno e respirou fundo. Do lado de fora, ele conseguia ouvir os gritos de Reginald. — O que pensa que está fazendo? — Loui perguntou, entrando. — Retire-se, ou chamarei a polícia para lidar com o senhor! Reginald avançou em direção a Loui e o segurou pela
Último capítulo