Faltavam quatro dias para o primeiro aniversário dos gêmeos.
A casa estava cheia de preparativos. Tecidos temáticos, caixas com lembranças, fornecedores entrando e saindo, vozes misturadas com choros e risadas infantis. Mas Yanika sentia que algo escuro pairava no ar.
O cio havia passado, sim, mas a tensão continuava. E ela não era a única a notar isso.
Naquela manhã, a porta principal se abriu e Younha voltou.
Com sua postura impecável, o cabelo arrumado demais para quem dizia estar exausta, e o sorriso ensaiado de quem sabia exatamente onde pisava.
— Que saudade de casa — disse ela, largando a bolsa em cima do aparador. — As crianças estão bem?
Yanika segurava o pequeno ômega no colo. A alfa brincava ao lado, puxando um brinquedo com firmeza.
— Estão ótimos — respondeu, tentando manter a neutralidade.
Younha se aproximou e passou a mão no cabelo da filha, que se esquivou sem cerimônia.
— Ei… é a mamãe — ela forçou um sorriso.
A menina olhou para ela por dois segundos e depois se esc